sexta-feira, 8 de abril de 2011

O inferno são os outros

Incrível. Tudo que me é leve com o tempo passa a ser pesado. E o inverso também é válido para essa máxima. Viver nesse paradoxo me enlouquece, me faz pensar e me transforma. Em que? Em uma metamorfose ambulante. Tal qual a música do poeta. Mas assim prefiro ser; a loucura dos fúteis me entregar.
Isto parece um inferno, mas o inferno são os outros. A culpa é del(as) por assim me sentir. E como me sentiria se assim não fosse? Blasfêmia. Tudo bem Sartre, desde criança me disseram que é mais fácil jogar a culpa nos outros. E desde então me responsabilizei por tudo que me ocorria. Procurei evitar dar desculpas. Mesmo sendo alguém que sempre reclamou, e muito. Então esse mal também passou a ser vigiado.
Tenho me aperfeiçoado, procurado melhorar sempre. Esse é um princípio vindo de uma das minhas partes, a arte marcial. Pois "O suor poupa o sangue quando sua arte for necessária". Sou livre para fazer minhas escolhas, mas prisioneiro das conseqüências destas. Então procuro sempre tomar as melhores escolhas. Para melhor ser feito.
Contudo contínuo sem saber o que fazer... Jogar as cartas na mesa, e a teve pela janela. Esse dia a dia que esvazia a fantasia. Não sei se vivo em uma caverna bem decorada ou se estou do lado de fora dela. O certo é esse apego ao que me limita. Como tender ao infinito? 
Toco continuamente a vida para frente, sem demonstrar nada sentir. Mas o passado me surpreende e bate a minha porta, novamente no semblante de uma mulher. Uma diferente, igual a tantas as outras que encontrei. Que me espanta que sinta tanta indiferença.  Mas que me faz de ator, para não demonstrar o amor que lhe tenho... Tanto horror. Gostaria de não precisar fingir...
É assim, sempre assim, estou só, sei onde quero chegar, mas não sei como conseguirei. Acho que devo fazer de conta. Pois te deis meus olhos para tomar de conta, me conta agora como ei de partir?

PS: isso que digo são só pensamentos soltos traduzidos em palavras para que você possa entender o que também não entendo!




3 comentários:

Raquel Freire disse...

Tu, como sempre, destilando coisa boa aqui!
Consegui pegar A Isustentável Leveza do Ser, Sartre, Detonautas Roque Clube, Raul Seixas, Kung Fu (é, pois é, eu sei que é uma coisa boa!) e deve ter mais por ae que eu não conheça tanto a ponto de perceber!
Fidel, vamo compor uma música!

=D

Bruna disse...

achei tudo tão confuso, Fidel...mas as palavras dizem muito de quem as profere. Espero que você se encontre no meio da bagunça, e que possa arrumá-la (ou não).

fidelalado disse...

É mais ou menos assim...
sempre me perdendo..
pq quem não se perde não se encontra