sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Estação Derradeira

Admirando o melhor compositor da música brasileira; Chico Buarque. Escutando essa música da até vontade de torcer pela mangueira no carnaval (sendo que sou Beija - Flor).

Rio de ladeiras
Civilização encruzilhada
cada ribanceira é uma nação

À sua maneira
com ladrão
lavaderias, honra, tradição
Frontreiras, munição pesada

Quero ver a Mangueira
Derradeira estação
Quero ouvir sua batucada, ai, ai

Rio do lado sem beira
Cidadãos
Inteiramente loucos
com carradas de razão

À sua maneira
de calção
Com bandeiras sem explicação
Carreiras de paixão danada

São Sebastião crivado
nublai minha visão
Na noite da grande
fogueira desvairada

Quero ver a mangueira
Derradeira Estação
Quero ouvir sua batucada, ai, ai

Ao ouvir essa música, posso dizer que a emoção vem a flor da pele, com a realidade sendo transposta de uma forma tão intensa. Chego a me sentir na Mangueira, onde o senario da letra ocorre.
Mas o que ocorre de fato, é que o que está descrito no texto não ocorre somente na favela carioca. Mas em todos os lugares em que existe gente humilde. Que não perderam a graça de viver sorrindo, mesmo na adversidade. São pessoas Demasiadamente Humanas. Que mesmo com todos os defeitos levam a vida como podem. Sem acesso a filosofia dos grande gênios. Mas com a genialidade de grandes pessoas que são.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Descomplico o Caminho

Chega o fim do ano.
Chega o fim de mais um ciclo.
Mais uma porção de histórias
Por baixo do pano descomplico.

Nossos políticos continuam corruptos
E nós ainda dizemos que estamos putos
Com toda essa safadeza
Desses bandidos com sua avareza

Mas já disse Chico
Chega de tristeza
Por isso aqui não fico
Vamos exaltar a beleza.
E acabar com essa moleza.

Vários foram os amores
e muitos são nossos temores.
Temos medo da morte
Mas não tem quem suporte
ao peso da vida sofrida.

Sofrimento é pessoal
Mas não me levem a mal.
Tristezas, por favor vão embora.
O meu ser é outro agora.

Geraldo cantou
Vem vamos sim'bora.
E eu digo
Acabar com esse mal dizer.
Escrever uma história de gloria
Nossa força florescer.

É pau e pedra
é um novo caminho
Junto com meus amigos
Eu não ando sozinho.

Fim de que mesmo?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sem hora da Senhora!

Já não era sem hora ,
da senhora Rita
voltar a ser senhorita.
Pois meu peito
com todo respeito
ainda palpita.
Mas já não atura
a tua face pura.
Com sua hipocrisia!
quem diria??
Mas sorria.
Eu não entendo
o que estão dizendo.
Daqui ou d'aí..
Não adianta..
a anta aqui,
ama você aí!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Reflexões de um humano

Será que somos realmente humanos? Esses dias fui induzido a pensar sobre sermos humanos e demasiadamente humanos. Creio que humanos todos nós somos, afinal todos comentemos erros; e como diz no ditado: "errar é humano". Mas ser humanos demais, é um nível que poucos alcançam.
Em o Lobo da Estepe, Herman Hesse fala sobre termos consciência da amplitude que nos cerca. Porem nos alerta para hipocrisia que temos em não querermos muda-lá. Pessoas intelectualizadas geralmente discutem sobre política, economia, pobreza, enfim, os males que cercam a sociedade (assim como nos ex-presidente FHC). Mas quantos têm a coragem de estarem junto a quem precisa? Abdicar de si pelo próximo? Essas pessoas, assim penso eu, são demasiadamente humanas. Temos grandes exemplos destas, como Frei Betto, Pedro Calsadaliga, Madre Tereza...
Certo, são exemplos muito fortes, e que a maioria das pessoas não conseguiria seguir. Mas o que ocorre é que não fazemos nenhuma boa ação, só falamos nelas. Onde estão os atos? Quantas vezes você viu um mendigo pedindo esmola na rua e pensou que ele era um bandido? Eu várias vezes! Mas o que temos feito pra mudar isso?Não nego, não dou esmola, mas e dar de comer a quem tem fome? Quantas vezes fazemos isso? Ou escutar o que desejam essas pessoas?
Há algum tempo assisti um filme chamado "Anel de Tucum". Um filme simples, mas tocante, que nos mostra a realidade de quem menos tem. E me fez pensar, como pessoas mesmo com tão pouco, vivendo em situações tão adversas conseguem ser tão felizes? Acho que elas também são muito humanas, pois apesar de tudo ainda sorriem.
Enquanto isso vivemos resmungando de nossas vidas fúteis. Reclamando por que não ganhei o presente que queria do namorado, ou por que não tenho o celular de ultima geração.
Termino citando frases de duas grandes pessoas;
Queria não precisar de tanto. (Rosi Alves)
Vamos celebrar a estupidez humana... Vamos celebrar a estupidez de quem cantou (escreveu) essa(e) canção(texto). (Renato Russo)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Silêncio total

É tanta informação que nos chega todos os dias de todos os lugares, que andei reparando que não estamos dando tempo para nossa cabeça processar essas ideias.
Experimentar um pouco de silêncio pode ser loucura para alguém viciado em barulho.
Quando falo silencio, me refiro não somente a ausência do som, a de luz também. Parece ser insuportável escutar somente nossos pensamentos, não receber qualquer tipo de informação de lugar algum. Parece que a consciência quer tomar conta de nós e nos dizer tudo aquilo que está entalado na garganta.
Mas após ela gritar, vem um alívio. Parece que estamos prontos para aguentar-nos novamente.
Já que vivemos em uma "insuportável leveza de ser sabe-se lá o que!"

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pela Saudade ingrata que a gente tem que sentir...

Parou na contra mao do sentimento futil,
a inveja do amor alheio ja não lhe atormenta!
sente falta da real compania que possuia,
A sós agora ele aguenta
Lembrando detalhe por detalhe da paixao vivida.
A verdade conjuda à primeira pessoa,
da solidão que hoje lhe atormenta.
mas que lhe ensina a enchergar de olhos fechados
as verdades ditas pelo coração da criança.
Pela cegueira do egoismo que a gente tem que engolir
Pela saudade ingrata que a gente tem que sentir,
Deus lhe Pague!

domingo, 26 de julho de 2009

Livro "A Águia e a Galinha" visto por um lado economico

Todo ponto de vista é a vista de um ponto. ( Leonardo Boff)
Aceitar a história de cada junto com suas limitações uma das questões que Boff trata nesse livro. Porem a grande discussão mesmo são as duas dimensões que complementa o ser humano.
A dimensão Águia: idealizadora, que não tem medo de sonhar, que não abaixa a cabeça, aqueles que são protagonistas, não ficam reclamando por que mundo estar errado, pelo contrário, vão concerta-lo; e a dimensão galinha: são aqueles que foram reprimidos, que tiveram seus sonhos aprisionados, foram domesticados, e que infelizmente chegam a um ponto de se aceitarem assim.
O interessante é o fato do autor tratar do assunto como complemento e não como contrários. O que ajuda-nos a entender o principio do caminho do meio. E que não somos cada um uma ilha, mas juntos um imenso continente.
Olhando por esse lado a disputa do Socialismo X Capitalismo, duas politicas economicas que pouco se misturam, passamos a nos perguntar se daria para haver um caminho do meio entre esses. Já que como sabemos, o Capitalismos acentua a diferença de riquezas entre as pessoas, e o Comunismo socializa a pobreza entre todos (A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas; a vantagem do socialismo é a igual distribuição das misérias.” - Winston Churchil).
Certo que o Comunismo prega a igualdade mas este só consegue ser vigente interferindo na liberdade de cada um através de ditaduras. Já o Capitalismo permite a liberdade, porem a acentuada diferença de riquezas ocasiona uma miséria em níveis piores do que o socialismo, não permitindo acesso ao direito da dignidade (educação e saúde)
Vejo como saída o modelo keynesiano, bastante discutido entre os economistas. Esse tem como caracteristicas básicas o direito da propriedade privada, permite a liberdade de cada um, e garante a dignidade de todos.
"Seria como disse Boff, a Águia e a Galinha andando juntas."