quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Acostumaram a fantasia...

         Eu não sei por que quem brinca de pobreza acostumou na fantasia. Quem conhece esse bravo retumbar por entre esse chão, pedaço de vida mal cuidada, sabe que a força do Napoleão retinto vai além do retirante.
         Antes soubessem a força do exemplo. O certo a ser seguido. O conhecimento transborda para aqueles que o querem. Mas o que temos aprendido fazendo errado?
Eu não sei as respostas, mas tenho procurado as perguntas certas...É a chuva que vai salvar essas flores no deserto?
          Que seja, mas a água que tem caído é acida. A ideia vazia de ação. Teoriza-se ou terroriza-se?
       Antes o desatino a submissão voluntária. Aprendemos com os grandes e façamos maior que eles. Já fomos por muito tempo gigantes, chegou a hora de pisarmos nos ombros destes!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Misturando...

Levante-se, vá embora, siga adiante sem medo da indecência. Nesse labirinto de instintos entre na dança...
Entregue seu coração a mão da dançarina de bolero.  Desenhe maluquices... Rache o céu sob seus pés com o fogo que chora a luz do sol, que tudo queima, mas nada aquece. Nessa noite ame aquela guria que ser parecia sua...que lhe fez ter certeza que era sua aquela solidão. dentro do barco sem rumo que todos os dias passa no mesmo lugar.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Conversas internas!

Vontade de me Mudar.
De lugar ou de ser?!
ãnh?!Como assim?!

Ai de mim,
perdido assim 
sem saber...

Sabe sim
mas especifique o que?

Quando estarei livre
de você,oh que, 
que me acompanha

Mas você vive só!
Justamente por que 
você  oh que, também se 
chama solidão!

Mas tens razão,
não sei qual solução 
resolve esse dilema!

Mudando de lugar,
mudo o ser?!

Não, felicidade é poder
estar com quem gosta
não importa o lugar!






terça-feira, 15 de novembro de 2011

Desvaneio Nº2


Você que inventou a tristeza, pode fazer um favor? Trate de "desinventar". Afinal amanha será outro dia à acordar, com enorme euforia. Como água nova brotando, essa aflição não pode perdurar. Então se já perdeste a noção do momento certo de ir embora, não precisa recolher os resto desta amargura deixe que a jogo fora.
Gostaria eu de poder explicar-lhe como tens de partir, mas se ao te conhecer perdi-me em teus navios não sou indicado a te conduzir. Não se preocupe, pois sei fazer a conta do tempo que tens para ir...agora! Não, ainda não sei quantas estradas tenho de andar para me chamar de grande. Talvez eu já seja um gigante perdido na terra dos diamantes. Mas estou de mudança para terra dos malandros de outros carnavais.
Tirando a razão que há em mim, viverei errado assim como indicou o anjo safado. O querubim chato. Não sei por que essa viagem começou, mas vou até o fim. Mesmo como a mula empacada e a tentação de ser ruim.
Vou profetizar coma letra, pois gosto das palavras eternizadas. Não vou me deter somente em observar, pois os tempos estão mudando e para poucos é a disposição de arder como fogo à luz do Sol. 
Entender que tudo é no seu tempo implica em escutar o que a vida tem a dizer...então sentemos, por que a conversa vai ser longa e estou sempre disposto a escutar. Mas não penso em ficar tiro os pés do chão e sigo viagem, correndo na contra-mão; eu quero, preciso e é necessário!


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

As pedras... em prol da evolução


No meio do caminho do poeta tinha uma pedra. Pode ser que no meio desta tenha um diamante. Mas se fosse  fácil achar o caminhos das pedras com diamantes, tantas das que tenho achado sem  não seriam ruim. 
Mas  quando não lapido a que encontro de valor...?

Pensei mais uma vez tentando encontrar; tá faltando o chão! Isso vai me derrubar? Pode até ser...mas daí eu levanto, levanto, levanto...Se to perdendo paciência, uma hora valerá a pena.
Essa vida é simples, quem complica é a gente. É largar de correr atrás pois quem joga nessa posição não ganha o ouro. Corramos na frente para ganhar o ouro, que não seja dos tolos.
Não me cabe o papel de coitado. Está ruim, dane-se...estou aprendendo a fazer valer a pena.
O mundo dar voltas é entender que o tempo passa, que nem tudo tá certo mas com calma se ajeita. 
...ah, o que estou dizendo? Estou perdendo a paciência comigo...
O INFERNO SÃO OS OUTROS!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Já achou seu tubarão?


        As vezes não entendo...ou melhor, nunca entendi, o por que da inércia. Não digo a física. Falo da mental. Aquela sensação de ter tudo pra fazer, mas continuar a fazer nada...sem nenhum motivo. 
         Isso é o maior atraso de que podemos ter. Um mundo inteiro pra ser mudado e a gente ali parado, tendo ciência de tudo, mas sem animo para mudar.


          Penso às vezes que era melhor não ser tão consciente, por que assim não sentiria nojo dessa  preguiça.
Não doeria tanto olhar pra pessoas com "o potencial de vida" sendo desperdiçado. É estranho imaginar que alguns que não tem esse potencial conseguem chegar muito mais longe.


       É a arte de crescer na adversidade. É a capacidade de negar o comodismo, a mazela, a vontade de mudar o mundo. Nem se que seja o seu próprio, que fazem as pessoas fazerem a diferença no dia-a-dia.
       Certa vez, enquanto trabalhava na Grendene, meu superior chegou com a história de colocar o tubarão dentro do aquário. Perguntei o que queria dizer. Este explicou o seguinte:

      No Japão, o hábito de comer peixe é muito comum. Então os restaurantes compravam os peixes já mortos dos pescadores. Contudo o gosto ainda não estava bom. Haviam perdido o frescor.
       Qual foi a ideia? Vamos pesca-los e colocar em um aquário. Assim os clientes poderão escolher qual peixe comer quando vierem ao restaurante. Mas pasmem, o gosto ainda não estava tão bom quanto o comido pescado diretamente do mar. Então depois de diversas experiências, resolveram colocar um tubarão dentro do aquário.
        Qual foi a surpresa? Os peixes que conviviam com o tubarão estavam continuamente alertas para não serem comidos pelo devorador. Tinha sempre uma causa para manter-se vivos, alertas. Vamos tira-los do comodismo. 
      Então caros amigos. Procuremos nosso tubarão, e estejamos alerta a eles, pois se não morrermos devorados por estes morreremos de qualquer outra forma. 


        Você já sabe o que é seu tubarão?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Muito além da Juventude

   Um coisa que gosto muito é observar as pessoas que não envelhecem. Não falo daquelas pessoas que se enchem de tratamentos médicos e estéticos para evitar o aparecimento de uma ruga. Não, pelo contrário, esse são mais velhos que parecem. 
   Estou falando, daquelas pessoas que sabem ver o tempo passar e ainda assim não se deixam ultrapassar. Não ficam exaltando suas mazelas. É de uma riqueza eterna. Sempre com um sorriso no rosto...dispostos a uma boa conversa...a eterna curiosidade da juventude.
   Observar essa característica em um casal e ainda mais curioso. Pois nota-se que estes não foram pessoas que se completaram, foram mais que isso, se somaram...e construíram juntos algo que vai muito além de uma paixões avassaladoras...uma verdadeira amizade.
Seja como for e com quem for, sei que quero envelhecer assim, sabendo ouvir,  respeitando as diferenças, entrando em equilíbrio... 
   Muito obrigado pelo vosso exemplo, Mauriene e Dayse.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O que é ver Ninguém ali?


     Lembrou bastante nessa ultima semana o 11 de setembro. Pois bem, eu venho lembrar aqui o 12, 13, 14 (...) de setembro. Os dias após a tragédia. Quando um mundo depois de ter parado tem de voltar as suas atividades “normais”.
    Como um céu cinza sobre a cabeça de cada um o medo paira sobre todos. A indignação por um ato macabro de proporções inestimáveis. Milhares de vidas perdidas.  A guerra foi declarada. Mexeram mais uma vez com o gigante, mas dessa vez ele não estava adormecido. Agora é olho por olho e gente por gente. Não, não foram os que criaram a guerra que vão se debater. São os filhos da pátria e um patriotismo idiota. Um patridiotismo. Mais do mesmo, o mesmo que se vê durante o século anterior. Guerras em nome da pátria, é a pátria que pare que nos vê crescer e pede pra defende-la, morrer em seu nome? Curioso, a defesa se faz pelo ataque. Bela forma de começar o século XXI.
     Mas vão, vistam seu belo e honroso uniforme de luta, e façam o mais do mesmo que tem sido feito. Deus está do vosso lado, afinal ele sempre está do lado de quem vai vencer. Essa é uma guerra santa. Sim, pois se defender o seus não for o suficiente defenda quem é por você. E tratem de “acabar” logo com isso, pois Ninguém gosta de guerra. Mas Ninguém conta com você na guerra já que ele ninguém vai morrer. 
    Aliás, porque que fomos atingidos por esses aviões mesmos, se Ninguém nunca fez nada. Ninguém fez nada quando alguém declarou uma guerra quente, morna ou fria. Ah, aliás, quem foi que colocou esse Alguém lá mesmo? Ninguém sabe dizer isso agora. Mas Ninguém vai a guerra e sente dor, mas essa massa de Ninguém não muda. A massa sente, mas não pensa. Não age. Não sei dizer o que é ver alguém ali no meio do caos. Não sei explicar o que é não acreditar na mudança dos mundanos.
     Bons tempos quando era só brincadeira, fingir ser soldado e imaginários eram os inimigos. Mas e agora? Ninguém sabe quem é o inimigo, nem quem é você.  Não sei amar o que é ver alguém ali...

sábado, 2 de julho de 2011

Um mergulho em busca de Ar

Enquanto alguns homens exercem seus podres poderes sobre a pureza do "bem-querer" e eu estiver ligado, a noite será um inferno, um desespero de esperar.E o passado voltar rasgando toda sua imposição, lembro que sou preso demais a minha liberdade para prender a liberdade de alguém a mim. Pode parecer exagero, bobagem, mas isso me causa desespero; uma ânsia ao reconhecer a auto-sabotagem.
Todos têm seus direitos e o principal deles é de sermos quem somos. Antes da essência é preciso existir. Existir liberdade de pensamento. Expor o que pensamos é expor o que somos. Mas impor nossas ideias é ditadura. E pior do que ser imposto é acreditar que o raciocínio alheio é verdadeiro.
         Funciona com um mergulho em busca de ar. Onde mergulhamos cada vez mais fundo atrás de um novo fôlego e este se torna cada vez mais raro. Até que então entramos em estado de dormência. Onde passamos a ser levados pela correnteza; já não determinamos mais pra onde vamos.
 Ficamos então a boiar até que emergimos, e nosso pulmão enche-se de ar. E o ar de tão raro dentro de nós causa uma dor latente, mas ao mesmo tempo um alívio. Um alívio Imediato. Então à noite caí, mas a escuridão já não serve de abrigo, já não mais protege. E tudo vira um caos. E no meio deste surge uma nova ordem. Uma ordem independente. Onde tempos de aguentar a insustentável leveza de nossa existência. 



terça-feira, 31 de maio de 2011

Seria mais fácil fazer como todo mundo faz


Seria mais fácil fazer como todo mundo faz.
O que nos move? Essa deveria ser uma pergunta cotidiana de todos. O que me leva a seguir em frente? Certo dia, conversando com um conhecido esse me falou todos que evoluem tem um motivo para isso. Pode ser simplesmente vontade de aparecer, mudar a situação em que vive ou educar um filho (o que era o seu caso apesar de todo seu arrependimento desse ter sido a causa do “casamento precoce”).
Então passei a observa as pessoas que aparentam serem as melhores naquilo que fazem. Inevitavelmente me lembrei dos argumentos de um professor meu. “Estou aqui para dar aulas para os melhores. Pois se viesse aqui dar aula para os piores sairia mal falado do mesmo jeito. Não subestimo a capacidade de vocês.
Incrível como esses dois argumentos pode começar a mudar a postura de uma pessoa (pelo menos a minha). Passei a me perguntar diariamente o porquê faço o que faço, e se estou fazendo da melhor forma possível. Deixei de me subestimar! Posso não ter a mesma facilidade que outras pessoas têm de realizar determinadas atividades, mas certamente não sou menos que elas por causa disso. Pelo contrário, a conquista de uma vitória tem um gosto ainda melhor.
Mas vencer por vencer simplesmente não me satisfaz. É preciso ter uma causa, uma maior que ter dinheiro (não que eu não queira esse, aliás, quem vive sem dinheiro, que atire o que tem na minha poupança) para saciar meus desejos de consumo. Minha moeda de troca é ser tido como exemplo, referência, reconhecimento. Pode parecer fascismo, mas diga-me, se o seu ídolo não é aquela pessoa que você acha melhor? Pode ser um desconhecido, assim como esse meu professor, ou alguém de prestigio internacional, Gandhi, por exemplo.
O problema que as pessoas ficam somente na admiração, nem se dão ao trabalho de tentar imitar em pequenos gestos aquilo que seu ídolos fizeram de grande. É preciso fazer a diferença que queremos ver no mundo. Esse é o motivo pelo qual sou avesso a muitos indivíduos que dizem que pessoal tal fez isso ou aquilo, que é fã dele, mas na verdade não passam de “fariseus”. É uma hipocrisia.
Certo dia, uma amiga me disse que é o que é hoje graças a sua mãe que insistiu em lhe dar estudo, e a um professor, que quis exercer o magistério da melhor forma que podia. Hoje esta amiga, exerce ensina, e procura multiplicar o que aprendeu. Então entendi que é isso que também me move. Quero multiplicar o que tenho de melhor. Fazer a diferença fazendo  diferente. 
Mas nós vibramos em outra freqüência, sabemos que não é bem assim, se fosse fácil achar o caminho das pedras tantas pedras no caminho não seria ruim (Humberto G.)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Desvaneio nº 1


    Fazer diferente às vezes é fazer igual. Igual algumas outras poucas pessoas que souberam ousar. Quando vejo alguém tomando uma atitude consciente imagino o potencial que esta pessoa tem ou pode vir a ter.  E desejo profundamente que este potencial se realize. Que seja lapidado e usado para melhorar o mundo ao redor. Fazendo a diferença que queremos ver no  mundo.  Porém, por mais que só aconteça conosco o que queremos que aconteça. Nem sem acontece como queremos. Isso é totalmente contraditório, mas aceitar esse paradoxo faz um sentido enorme depois que se passa pela pedra no caminho.
    Digo, que ter a ciência do que se quer, é aceitar as conseqüências desse Sonho. Ruim é só desejar. Sim, por que desejos são diferentes de sonhos. É diferente você sonhar com um carro e desejar um.  No sonho esta a caminhada, o processo que se faz para adquiri-lo. No desejo não, é só a vontade possuir e nada mais. Infelizmente temos mais pessoas desejando que sonhando.
    Vejo todos os dias seres desejando uma sociedade mais justa. Mas não as vejo sonharem com isso. Pelo contrário, pessoas “boas” são contra a ação construtiva. Parecem temer.  O mal não descansa na alienação das pessoas. Usufruir o máximo que pode. Mas o que de fato me preocupa não é a atitude dos maus, e sim a ausência dos bons.
    Fica tudo feito pelo desfeito. Não se procura a excelência. Conformamo-nos em sermos medíocres. Viva o império da mediocridade. O que importa sou eu. Que se dane o restante. Creio que errado não estão sendo as respostas que temos encontrado.  Erradas são as perguntas temos feito.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O inferno são os outros

Incrível. Tudo que me é leve com o tempo passa a ser pesado. E o inverso também é válido para essa máxima. Viver nesse paradoxo me enlouquece, me faz pensar e me transforma. Em que? Em uma metamorfose ambulante. Tal qual a música do poeta. Mas assim prefiro ser; a loucura dos fúteis me entregar.
Isto parece um inferno, mas o inferno são os outros. A culpa é del(as) por assim me sentir. E como me sentiria se assim não fosse? Blasfêmia. Tudo bem Sartre, desde criança me disseram que é mais fácil jogar a culpa nos outros. E desde então me responsabilizei por tudo que me ocorria. Procurei evitar dar desculpas. Mesmo sendo alguém que sempre reclamou, e muito. Então esse mal também passou a ser vigiado.
Tenho me aperfeiçoado, procurado melhorar sempre. Esse é um princípio vindo de uma das minhas partes, a arte marcial. Pois "O suor poupa o sangue quando sua arte for necessária". Sou livre para fazer minhas escolhas, mas prisioneiro das conseqüências destas. Então procuro sempre tomar as melhores escolhas. Para melhor ser feito.
Contudo contínuo sem saber o que fazer... Jogar as cartas na mesa, e a teve pela janela. Esse dia a dia que esvazia a fantasia. Não sei se vivo em uma caverna bem decorada ou se estou do lado de fora dela. O certo é esse apego ao que me limita. Como tender ao infinito? 
Toco continuamente a vida para frente, sem demonstrar nada sentir. Mas o passado me surpreende e bate a minha porta, novamente no semblante de uma mulher. Uma diferente, igual a tantas as outras que encontrei. Que me espanta que sinta tanta indiferença.  Mas que me faz de ator, para não demonstrar o amor que lhe tenho... Tanto horror. Gostaria de não precisar fingir...
É assim, sempre assim, estou só, sei onde quero chegar, mas não sei como conseguirei. Acho que devo fazer de conta. Pois te deis meus olhos para tomar de conta, me conta agora como ei de partir?

PS: isso que digo são só pensamentos soltos traduzidos em palavras para que você possa entender o que também não entendo!




quarta-feira, 30 de março de 2011

Mais uma vez!

É assim, diferente como sempre...
Igual a todas as outras vezes
mas não deixa de ser especial..

Nem tão perto que possa pegar
Nem tão longe que não possa ver

Assim não me sinto pior que outros dias
Nem melhor que em outros anos..

Mas forte, aprendo a gostar do que é difícil
Continuar o caminho procurando as pedras...
Por que se fosse fácil achar o caminho destas
tantas no caminho não seriam ruim!



domingo, 27 de fevereiro de 2011

Doente de uma Folia

     O que será isso que me bole por dentro? Que vontade é essa de enlouquecer?  De transvestir-se em intensidade? Fazer-se todos de criança, sem medo da desaprovação alheia. Não estar está ali para julgar ninguém. Somente ser feliz. Cada cidadão com sua carrada de loucura; esbanjando felicidade. Esquecendo todos a razão.
     Esquecer que a vida é pesada. Que carrega-la é um fardo. Tirar da cabeça os problemas do cotidiano. Pasmem, deixar-mos de sermos eu, para sermos nós. Todos unidos pela causa. Que causa insana.
É, parecem todos loucos, doentes, alienados... com carradas de emoção!
Sim, assim é o estandarte do sanatório geral. Assim "nos tornamos deus". 

    É carnaval, estou doente de uma folia. E não quero me curar!


domingo, 30 de janeiro de 2011

Saudações de um Otário


Olá. Muito prazer! Chamam-me de otário. Você já deve me conhecer, estou sempre presente no seu dia-a-dia. Talvez não se lembre de mim; Normal, afinal poucos são os que estimam a um otário. Estou presente na vida de muitas pessoas. Das mais pobres as mais ricas. Em diferentes personagens estou incorporado. De muitos nomes fui chamado em diferentes épocas e lugares. Aliás, tenho a impressão que o conheço de algum lugar, você não acha? Não lembra não é? Mas tenha a certeza que já nos conhecemos.
Vou lhe lembrar que sou! Sou aquele funcionário que você fazia questão de pisar em cima de chamar de imprestável, mas que estava sempre ao seu dispor para resolver aqueles problemas até mais tarde, sem cobrar nada por isso. Sou aquele que você chamou de vagabundo. Por que quem está desempregado é vagabundo. Sou aquele que recebi mais no troco e devolvi a quantidade que não me pertencia e todos passaram a me chamar de besta.  Sou aquela criança na esquina que pede um trocado, mas que em troca sempre pedem minha pureza. Aliás, para que me ajudar se sou tão inofensivo/a. Lembrarei de você quando crescer. Sou aquela mãe que mesmo meu filho sendo um drogado contínuo amando-o. Até por que nada vale mais que um filho? Ou será que estou enganado?
E agora, lembrou-se? Existiram muitos outros encontros entre nós. Mas quero lhe dizer mais que isso. Quero lhe fazer um pedido. Um pedido de amigo, de criança, de funcionário e até de mãe. Sei que pareço não ter futuro e é possível que não tenha, mas continue acreditando em mim. Sei que parece inútil traçar essas rotas, mas trace-as.  Pode ser que o sonho não se realize que o cavaleiro andante esteja tendo alucinações. Mas se você acredita no que eu acredito se vê o que eu vejo e se pensa como eu penso; que a honestidade ainda é importante, que o desemprego não é voluntário, mas sim uma falta de oportunidade, que trabalhar em prol de todos ainda vale a pena, mesmo que todos não trabalhem, que ajudar uma criança é mais que da um trocado, é dar um futuro digno. Façamos um futuro. Acreditemos em uma causa mesmo que sejam dadas como perdidas. Por amor as causas perdidas.