domingo, 13 de maio de 2012

Uma presença ausente



Não, não sei exatamente onde irei parar.  Não sei quantas pessoas ficam atentas às datas, mas ontem 12 de maio, fazem 16 anos que comecei a ser quem sou.  Sim, 16 anos. Esse destino é sarcástico, gosta colocar o dedo na ferida.  De lembrar os seus erros(?).
O que posso dizer? Obrigado destino, você me tirou um bem preciso. O bem que muitos consideram o mais valioso, que vários dizem que não viveriam sem. Pode parecer sarcasmo, mas não é. Poucas pessoas aguentaria o que aguentei. Por poucas vezes fraquejei nessa história.  Perguntei-me poucas vezes se isso estava certo, se eu tinha culpa, por que tinha de ser comigo. Não iria adiantar de nada mesmo.
Agora asseguro, não foi fácil. Não foi fácil mesmo. Muitas tentaram ocupar esse papel. Repito não tomar, mas ocupar. E sou eternamente grato por essas, mas tenho certeza que nenhuma faria o papel tão bem quanto a quem deveria ocupar. Não se preocupe senhora, não estou jogando culpa em você, na verdade nem sei se vale a pena procurar culpados.  Apenas estou dizendo que foi assim.
A consequência disso, só o tempo poderá dizer. Na verdade ele já fala um pouco. Vivi fora de minha zona de conforto. E acredite meus caros, isso é para poucos.  Só os fortes conseguem entender o quão difícil isso foi, mas como me deixou mais forte. Principalmente na infância, quando o que importa é ser feliz. O chato era ter que arranjar sempre alguém pra representar aquele segundo domingo de maio.  Vai ver que por isso até hoje detesto esse mês. As pessoas que mais amei, vieram e foram nessa estação.
Em um beco sem saída me tornei o melhor que poderia ser. Achando ausente a presença, estou entendendo aos poucos que a presença que é ausente, tanto que me arrancou lágrimas. Como diz o Renato, mesmo sem te ver, acho até que estou indo bem!Mas quero que saibas, que me lembro e que és parte ainda do que me faz forte. Pra ser honesto, sou um pouquinho infeliz, mas tudo bem. Te amo!

Nenhum comentário: